quinta-feira, 23 de abril de 2015

Crise no comércio exterior: Porto seco amarga redução de tráfego de 2 mil veículos no ano

Não são apenas as empresas que acumulam prejuízos com a queda das exportações para a Argentina. Outros setores no estado também sofrem com a diminuição das compras pelo país vizinho, que é o principal parceiro do Brasil no Mercosul.
Segundo dados da Receita Federal, apenas pelos portos da Fronteira Oeste, o envio de mercadorias para a Argentina caiu 10% no primeiro trimestre do ano na comparação com o mesmo período de 2014. Já o movimento dos caminhões caiu 11%. Em Uruguaiana, de janeiro a março, dois mil veículos de carga deixaram de cruzar a ponte internacional.
“O grande movimento está concentrado em Uruguaiana e São Borja.
A queda em número de caminhões foi similar nas duas unidades, mas em valores o impacto foi maior em São Borja, em quase 30%, em razão de mercadorias de maior valor agregado que circulam por lá”, diz o delegado Jorge Luiz Hergessel, da Receita Federal.
Os despachantes de alfândega que no ano passado liberavam 17 mil caminhões por mês em Uruguaiana, hoje atendem apenas nove mil.
Caminhoneiros que faziam duas viagens em 30 dias, média de duas viagens redondas, hoje têm apenas uma viagem garantida. Além disso, pequenos empresários já desistiram do setor e grandes empresas diminuíram suas equipes de trabalho em até 50%.

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